Igreja e Estado

Como Igreja e Estado chegaram a entender-se a si próprios a partir um do outro.
O curso apresenta, através de uma análise filosófica da história da Igreja Católica e de outras religiões, o desenvolvimento das delicadas relações entre o Sagrado e o Século até a modernidade política.
Bibliografia:
Daniel-Rops, História da Igreja, 10 vols.
Ernst Kantorowicz, Os dois corpos do rei
Josef Pieper, Über die Endzeit (The End of Time)
Ludwig von Pastor, History of the Popes
Santo Agostinho, De civitate Dei
São Tomás, De regno ad regem Cypri
Marsílio de Pádua, Defensor pacis
Sinal de contradição: Igreja e crise. Sociedade cristã... ou sociedades cristãs? Um ideal sempre por realizar. Um aprendizado lento, gradual e custoso. O que Antigo e Novo Testamento ensinam sobre a Igreja e o Estado.
A alma no corpo (0-380): Nascimento do cristianismo e da Igreja. Judaísmo e paganismo na formação da Igreja primitiva. “O cristão é para o mundo o que a alma é para o corpo”. Igreja, perseguições externas e crises internas. Constantino, o “bispo do exterior”, e a imperialização da Igreja.
Dois amores e duas cidades (380-1000): Teodósio e o Império cristão. A carta do Papa Gelásio e a filosofia política de Santo Agostinho. Esfacelamento do Império e nascimento de uma nova civilização: formação da Europa. A cristianização das instituições. O modelo do cavaleiro cristão. O estado papal e o “século de ferro” do papado.
Cristandade (1000-1500): O “corpo místico”, a Igreja e o Império. A “questão das investiduras”. O direito romano, a doutrina política de São Tomás de Aquino e Guilherme de Ockham. A “guerra do Papado e do Império”. A ânsia pela reforma. O cisma do Ocidente, os concílios e o conciliarismo. Seculares e secularismo.
Um monstro de duas cabeças? (1500-2000): O “mundo” – os Estados – contra a Igreja. A revolução protestante e o cisma da Inglaterra. Surgimento dos Estados nacionais e a sua tentativa de “nacionalizar” a Igreja. O Concílio de Trento e o pensamento católico nos séculos seguintes. “Direito divino dos reis”, republicanismo, restauração e parlamentarismo. Revolução francesa, perseguição aos católicos e separação Igreja-Estado. O Concílio Vaticano II, complemento das reformas iniciadas em Trento.
Conservadorismo e tradicionalismo: Comentários sobre o livro A candeia debaixo do alqueire, do pe. Álvaro Carderon.