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Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental

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Vivemos em um mundo plasmado pela Igreja Católica. Toda a nossa sociedade, e a própria noção de civilização, nos foram dados por ela. Mesmo os ateus, mesmo os que mais odeiam a Igreja, o fazem movidos por demandas morais que sem ela não existiriam. É devido à Igreja, por exemplo, que os maridos não têm o direito de assassinar a esposa e os filhos, e que a mulher não pode ser comprada e vendida como propriedade. Não é possível falar de uma “contribuição” da Igreja à sociedade ocidental, como se ela fosse um mero elemento auxiliar. Ao contrário: é a sociedade toda que é fruto da Igreja, e raríssimos são os elementos da civilização ocidental que não possam ser traçados, direta ou indiretamente, à Igreja que o próprio Cristo estabeleceu.
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Nesta série de palestras, o professor Carlos Ramalhete nos conduz ao longo de mais de dois milênios de História, para que possamos entender claramente o que era o mundo sem a Igreja e a diferença crucial causada pela introdução da visão católica de mundo nas sociedades européias. Aos poucos, vemos a Igreja modificando e civilizando as sociedades pagãs que encontrara e criando o que hoje percebemos como o mundo civilizado. Acompanhamos em cinco densas horas o progressivo reconhecimento da dignidade humana, a formação de uma sociedade em que a vida humana tem valor maior que o das riquezas materiais, e a construção e difusão global de um sistema ético que hoje, ainda que deformado, está na base de todas as leis de todos os países civilizados. Vemos também o início e o desenrolar do processo de decadência que nos trouxe à triste situação em que agora estamos.

É um percurso de séculos, e ao mesmo tempo é um percurso de graça. É a geração de sociedades naturais orientadas por elementos de origem sobrenatural. A sociedade ocidental, em cuja periferia nos situamos, é um instrumento de Deus no mundo, e sua alma é a Igreja. Assim como sobrenaturalmente fora da Igreja não há salvação, naturalmente fora da Igreja não há sociedade ocidental. Filhos desta civilização que somos, seus valores são nossa herança, a que todos nós temos direito. Por falarmos português – a última flor do Lácio – somos latinos, somos culturalmente católicos, somos filhos e netos deste fenômeno inexplicável sem apelo à ação divina direta que é a dominação de todo um continente e, por ele, de todo o mundo por uma dúzia de pobretões da Galiléia. Que mundo era esse? Que mundo temos hoje? Que mundo tivemos entre um e outro? Tudo isto, e muito mais, é apresentado e explicado nesta série de palestras, que certamente mudará a sua forma de perceber o que é a Igreja e o que é a civilização em que nascemos e a que pertencemos.

Esta é, de uma certa forma, uma continuação do autor do seu apostolado apologético A Hora de São Jerônimo, que se iniciou como programa de rádio na diocese de Petrópolis e passou em seguida para a internet então nascente, onde foi o primeiro apostolado de apologética católica em língua portuguesa. Os programas de rádio gravados foram vendidos aos milhares, na forma de fitas cassete e CDs, e os folhetos apologéticos foram impressos na casa das dezenas de milhares e distribuídos por todo o País. Desde então e até hoje, este apostolado perdura em diversas formas, atingindo milhares de pessoas.

Art: © Eternal City – Rome, by Viktoria Lapteva